6 de mar. de 2014

Palavra de Vida - Março de 2014


“Conheceis bem a bondade de nosso Senhor Jesus Cristo, que sendo rico,

se fez pobre por vós, para vos enriquecer com a sua pobreza” (2 Cor 8,9)

 No dia 05 de Março,Quarta Feira de Cinzas, iniciamos,com toda a Igreja, o Tempo da Quaresma e da Semana Santa que nos levarão à Páscoa da Ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo no dia 20 de Abril. A Igreja sempre nos chama a viver, neste período, mais intensamente a nossa fé e a fraternidade pela pratica do jejum, da esmola e da oração, a partir de um assumir mais radical da Palavra de Deus. A Liturgia da Quaresma faz um apelo constante, diário, à nossa conversão a partir do exemplo de Cristo.

 “Fez-se pobre para nos enriquecer com a sua pobreza.” (2 Cor 8,9)

 A mensagem que o nosso Papa Francisco nos enviou para a Quaresma 2014 é um chamado a nos fazermos pobres de nós mesmos, a exemplo de  nosso Divino Mestre.

 “Fez se pobre para nos enriquecer com a sua pobreza.” (2 Cor 8,9)“

 Queridos irmãos e irmãs! Por ocasião da Quaresma, ofereço vos algumas reflexões com a esperança de que possam servir para o caminho pessoal e comunitário de conversão. Como motivo inspirador tomei a seguinte frase de São Paulo: «Conheceis bem a bondade de Nosso Senhor Jesus Cristo, que, sendo rico, Se fez pobre por vós, para vos enriquecer com a sua pobreza» (2 Cor 8, 9). O Apóstolo escreve aos cristãos de Corinto encorajando os a serem generosos na ajuda aos fiéis de Jerusalém que passam necessidade. A nós, cristãos de hoje, que nos dizem estas palavras de São Paulo? Que nos diz, hoje, a nós, o convite à pobreza, a uma vida pobre em sentido evangélico?”

(Mensagem do Papa Francisco para a Quaresma de 2014)

 “Fez se pobre para nos enriquecer com a sua pobreza.” (2 Cor 8,9)

 “A graça de Cristo Tais palavras dizem nos, antes de mais nada, qual é o estilo de Deus. Deus não Se revela através dos meios do poder e da riqueza do mundo, mas com os da fragilidade e da pobreza: «sendo rico, Se fez pobre por vós». Cristo, o Filho eterno de Deus, igual ao Pai em poder e glória, fez Se pobre; desceu ao nosso meio, aproximou Se de cada um de nós; despojou Se, «esvaziou Se», para Se tornar em tudo semelhante a nós (cf.Fil 2,7;Heb 4, 15). A encarnação de Deus é um grande mistério. Mas, a razão de tudo isso é o amor divino: um amor que é graça, generosidade, desejo de proximidade, não hesitando em doar- se e sacrificar-se pelas suas amadas criaturas. A caridade, o amor é partilhar, em tudo, a sorte do amado. O amor torna semelhante, cria igualdade, abate os muros e as distâncias. Foi o que Deus fez conosco. Na realidade, Jesus «trabalhou com mãos humanas, pensou com uma inteligência humana, agiu com uma vontade humana, amou com um coração humano. Nascido da Virgem Maria, tornou-se verdadeiramente um de nós, semelhante a nós em tudo, excetono pecado» (Conc. Ecum. Vat. II, Const.past.Gaudium et spes,22).”

(Mensagem do Papa Francisco para a Quaresma de 2014)

 “Fez-se pobre para nos enriquecer com a sua pobreza.” (2 Cor 8,9)

 “A finalidade de Jesus Se fazer pobre não foi a pobreza em si mesma, mas – como diz  São Paulo – «para vos enriquecer com a sua pobreza». Não se trata dum jogo de palavras, duma frase sensacional. Pelo contrário, é uma síntese da lógica de Deus: a lógica do amor, a lógica da Encarnação e da Cruz. Deus não fez cair do alto a salvação sobre nós, como a esmola de quem dá parte do próprio supérfluo com piedade filantrópica. Não é assim o amor de Cristo! Quando Jesus desce às águas do Jordão epede a João Baptista para O batizar, não o faz porque tem necessidade de penitência, de conversão; mas fálo para se colocar no meio do povo necessitado de perdão, no meio de nós pecadores, e carregar sobre Si o peso dos nossos pecados. Este foi o caminho que Ele escolheu para nos consolar, salvar, libertar da nossa miséria. Faz impressão ouvir o Apóstolo dizer que fomos libertados, não por meio da riqueza de Cristo, mas por meio da sua pobreza . E todavia São Paulo conhece bem a «insondável riqueza de Cristo»(Ef3, 8), «herdeiro de todas as coisas» (Heb1, 2).”

(Mensagem do Papa Francisco para a Quaresma de 2014)

 “Fez-se pobre para nos enriquecer com a sua pobreza.” (2 Cor 8,9)


“Em que consiste então esta pobreza com a qual Jesus nos liberta e torna ricos? É precisamente o seu modo de nos amar, o seu aproximar-se de nós como fez o Bom Samaritano com o homem abandonado meio morto na beira da estrada (cf.Lc 10, 25-37). Aquilo que nos dá verdadeira liberdade, verdadeira salvação e verdadeira felicidade é o seu amor de compaixão, de ternura e de partilha. A pobreza de Cristo, que nos enriquece, é Ele fazer-se carne, tomar sobre Si as nossas fraquezas, os nossos pecados, comunicando-nos a misericórdia infinita de Deus. A pobreza de Cristo é a maior riqueza: Jesus é rico de confiança ilimitada em Deus Pai, confiando- Se a Ele em todo o momento, procurando sempre e apenas a sua vontade e a sua glória. É rico como o é uma criança que se sente amada e ama os seus pais, não duvidando um momento sequer do seu amor e da sua ternura. A riqueza de Jesus é Ele ser o Filho: a sua relação única com o Pai é a prerrogativa soberana deste Messias pobre. Quando Jesus nos convida a tomar sobre nós o seu «jugo suave» (cf. Mt11, 30), convida-nos a enriquecer-nos com esta sua «rica pobreza» e «pobre riqueza», a partilhar com Ele o seu Espírito filial e fraterno, a tornar-nos filhos no Filho, irmãos no Irmão Primogênito 
(cf.Rm8, 29).

(Mensagem do Papa Francisco para a Quaresma de 2014)

  “Fez-se pobre para nos enriquecer com a sua pobreza.” (2 Cor 8,9)

 Foi dito que a única verdadeira tristeza é não ser santos (Léon Bloy); poder-se-ia dizer também que só há uma verdadeira miséria: é não viver como filhos de Deus e irmãos de Cristo.

 “Fez-se pobre para nos enriquecer com a sua pobreza.” (2 Cor 8,9)


Entremos na Quaresma com a decisão de nos fazermos pobres a exemplo de Cristo, nosso Senhor.

 “Fez-se pobre para nos enriquecer com a sua pobreza.” (2 Cor 8,9)

 Pe. Pedro Adolino Martendal
Diretor Espiritual
Em Cristo
Dani, Ale, Matheus e Nicollas