10 de jul. de 2010

Palavra de Vida - Julho de 2010

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“Ao ver as multidões, Jesus encheu-se de compaixão por elas,
porque estavam cansadas e abatidas, como ovelhas que não tem pastor”. (Mt 9,36)
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Um dos sentimentos mais comoventes do coração humano é o sentimento de compaixão pelo outro. É o sentimento de compaixão, que tem gerado muitos santos e um grande número de heróis. A compaixão desperta um dinamismo imprevisível. Não é este sentimento que leva pais e mães a passarem noites inteiras em vigília com filhos doentes em estado grave, em casa ou nos hospitais? Não é este sentimento que constrói grandes correntes de solidariedade, em momentos históricos difíceis de um povo, ou até de toda a humanidade?
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A compaixão é um sentimento que desinstala os acomodados e exige decisões dos indiferentes.
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O Sagrado Coração de Jesus tem este sentimento muito vivo e, conseqüente.
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“Ao ver as multidões, Jesus encheu-se de compaixão por elas,
porque estavam cansadas e abatidas, como ovelhas que não tem pastor”. (Mt 9,36)
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Jesus passou a demonstrar sua compaixão “quando começou a percorrer todas as cidades e povoados, ensinando em suas sinagogas, proclamando a Boa Nova do Reino e curando todo tipo de doença e enfermidade” (Mt 9,35). É também para nós, este, o caminho do exercício da nossa compaixão, que tanto nos dignifica e nos leva à santidade. Sentir a dor alheia como própria. Ver as carências sociais e perceber que elas tem a ver comigo. Sofrer com os que sofrem. “Chorar com os que choram”. Ver os sofrimentos do outro e, sem julgá-lo, dizer: “são meus” e, como Jesus, procurar uma solução.
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Quantos heróis da humanidade, homens e mulheres, reconhecidos pela sua compaixão, tais como: Gandhi, Martim Luther King, Papa João Paulo II. Quantos santos e santas, a Igreja tem oferecido como exemplos vivos da compaixão vivida a exemplo de Cristo nosso Senhor! São Maximiliano Maria Kolbe; Madre Tereza de Calcutá, Irmã Dulce da Bahia...
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Somos frutos da compaixão ou vitimas do descaso, da indiferença ou hostilidade, que deixaram marcas profundas na alma? Quantas vezes fomos socorridos, ajudados, aconselhados, animados! Fomos então tratados com compaixão!
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Sem medo de nos comprometermos vamos cultivar o olhar de Jesus. Pelo olhar, Jesus entrava nas multidões, que não eram certamente tão numerosas como as que encontramos hoje, nas grandes cidades como São Paulo, Rio de Janeiro, Belém do Pará, Brasília, Florianópolis...
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As multidões de jovens que encontramos nas universidades, nos ambientes de trabalho e lazer. As multidões de adolescentes de nossos colégios. As multidões de crianças que chegam, todos os dias, sozinhas, trazidas pela mão ou em ônibus escolares, às escolas.
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Sem medo de nos comprometermos, olhemos de frente os moradores de rua, de favelas, de periferias sempre mais distantes de nossa casa.
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Cultivando o olhar de Jesus, vamos encher-nos de sua compaixão; porque percebemos os problemas, as frustrações, o cansaço, a falta de fé, os vícios, as violências, os antros de perdição, que deixam muitos, “como ovelhas que não tem pastor”.
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Persistindo neste olhar, desde o próximo mais próximo, até as multidões mais distantes, que conhecemos através da televisão e no anonimato das estatísticas, nosso coração vai encher-se da compaixão de Cristo e esvaziar-se dos sentimentos estranhos ao amor cristão, como o egoísmo, o individualismo, a indiferença, o desprezo, o descomprometimento, o medo do sacrifício, a esterilidade vocacional, a insensibilidade diante da missão de evangelizar.
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O sentimento de compaixão vai nos transformando em pessoas com atitudes de compaixão.
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“Ao ver as multidões, Jesus encheu-se de compaixão por elas,
porque estavam cansadas e abatidas, como ovelhas que não tem pastor”. (Mt 9,36)
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Pe. Pedro Adolino Martendal
DiretorEspiritual
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Em Cristo
Dani & Ale